Secretaria para a Doutrina da Fé aprova experiência espiritual de Nossa Senhora da Rosa Mística
A aprovação da experiência espiritual de Nossa Senhora da Rosa Mística foi oficialmente confirmada pela Secretaria para a Doutrina da Fé, em uma carta assinada pelo cardeal Victor Manuel Fernandez, prefeito do Dicastério, com a aprovação do Papa. Essa decisão simboliza um “sinal verde” para a devoção à Virgem Maria sob esse título especial.
A carta emitida pelo departamento vaticano enfatiza a compatibilidade das mensagens divulgadas pela vidente Pierina Gilli com os ensinamentos da Igreja Católica sobre a fé e a moral. Além disso, destaca aspectos positivos presentes nas mensagens, como a humilde confiança na intercessão maternal de Maria e a orientação sempre voltada para Jesus Cristo.
Essa aprovação é baseada nas novas Normas para o discernimento de supostos fenômenos sobrenaturais, que estabelecem critérios doutrinais e pastorais para avaliar a veracidade dessas experiências espirituais. O objetivo principal desse discernimento não é confirmar a sobrenaturalidade dos eventos, mas compreender os frutos espirituais produzidos por eles.
Pontos a serem considerados
A carta da Secretaria destaca tanto os aspectos positivos quanto os pontos que precisam de clarificação nas mensagens recebidas por Pierina Gilli. Enquanto elogia a devoção sincera da vidente a Maria, também aponta a necessidade de interpretação em certas expressões que podem gerar mal-entendidos.
A importância das três rosas, simbolizando oração, sacrifício e penitência, é ressaltada, mas a Secretaria alerta para não apresentá-las como fundamentos absolutos da fé cristã, que deve estar centrada na caridade, conforme ensinado pelo Novo Testamento. A cooperação de Maria como intercessora não deve ser interpretada como substituição da redenção realizada por Jesus Cristo.
Devoção a Nossa Senhora da Rosa Mística
As aparições de Nossa Senhora da Rosa Mística estão associadas a Fontanelle, na região de Brescia, Itália, onde Pierina Gilli vivia. O primeiro período de manifestações ocorreu em 1947, quando Maria apareceu à vidente apresentando-se como Rosa Mística e Mãe da Igreja, com símbolos de três rosas coloridas.
O segundo ciclo de aparições aconteceu em 1966, indicando um local sagrado para purificação e graças especiais. A construção de um santuário nesse local foi iniciada, com espaços dedicados à Eucaristia e à devoção mariana. Apesar das dúvidas iniciais da Igreja, o culto a Nossa Senhora da Rosa Mística foi oficialmente reconhecido como um Santuário Diocesano em homenagem à Mãe da Igreja.
Essa aprovação eclesiástica é resultado de uma cuidadosa avaliação das mensagens e experiências espirituais ligadas a Pierina Gilli e sua devoção a Nossa Senhora da Rosa Mística. A carta da Secretaria para a Doutrina da Fé visa esclarecer pontos importantes e garantir que a devoção seja vivida em conformidade com os ensinamentos da Igreja Católica.
Em resumo, a aprovação oficial da experiência espiritual de Nossa Senhora da Rosa Mística representa um marco importante para os fiéis que encontram na devoção mariana uma fonte de conforto e inspiração para sua vida de fé. A Igreja, ao reconhecer essa devoção, reafirma a importância da intercessão materna de Maria e a centralidade de Jesus Cristo como Redentor da humanidade.