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Pesquisas indicam que ultradireita não terá maioria absoluta no Parlamento francês

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O partido de ultradireita Reunião Nacional (RN) da França não alcançará maioria absoluta nas eleições parlamentares, mostraram pesquisas recentes publicadas nesta sexta-feira (5), último dia de campanha, embora alguns políticos e pesquisadores tenham pedido cautela.

Uma pesquisa OpinionWay para o diário empresarial Les Echos mostrou que o RN conquistaria entre 205 e 230 assentos na votação de domingo (7), à frente da Nova Frente Popular de esquerda, com 145 a 175 assentos, e do bloco centrista do presidente Emmanuel Macron, com 130 a 162 assentos. As descobertas estão em grande parte alinhadas com outras pesquisas divulgadas na quinta-feira (4).

Para obter uma maioria governante, são necessários 289 assentos na Assembleia Nacional.

O legislador europeu Raphael Glucksmann, um dos líderes políticos da esquerdista Nova Frente Popular (NPF), disse à rádio RTL que não se deve tomar como certo que o RN não alcançará a maioria absoluta.

“Comentaristas e políticos já falam como se o RN não tivesse maioria absoluta e se parabenizam pelos seus esforços para bloqueá-lo… Acho que isso poderia desmobilizar os eleitores e estou preocupado”, disse.

Mais de 200 candidatos de todo o espectro político retiraram suas candidaturas para abrir caminho para quem estivesse em melhor posição para derrotar o candidato do RN em seu distrito, processo conhecido como “frente republicana”.

No entanto, permanece muita incerteza, incluindo se os eleitores concordarão com estes esforços para bloquear o RN.

A importante figura do RN, Marine Le Pen, disse à BFM TV que ainda acreditava que seu partido poderia obter a maioria absoluta, apesar de a maior parte do cenário político se unir contra seu movimento.

“Tenho a impressão de que tudo isto foi concebido para desmotivar os nossos eleitores. Felizmente, conheço-os e sei que estão altamente motivados, por isso realmente digo: vão e votem”, disse Le Pen, acrescentando: “Acho que temos uma séria chance de obter maioria absoluta na Assembleia Nacional”.

O pesquisador do IFOP, Jerome Fourquet, que na quinta-feira previu entre 210 e 240 assentos para a extrema direita e entre 170 e 200 para a esquerda, disse à rádio RMC que não se pode sequer descartar a possibilidade de a aliança de esquerda ultrapassar o RN no final.

“A grande incógnita é o tamanho da frente republicana… Será que um eleitor de esquerda votará em um candidato de direita ou em um candidato do campo de Macron?”

Pelo menos 51 candidatos e seus apoiadores foram feridos fisicamente no final de quatro semanas tensas desde que o presidente Macron dissolveu a Assembleia Nacional, disse o ministro do Interior, Gerald Darmanin.

“Os surtos de violência devem ser uma preocupação no domingo”, disse ele à BFM TV, firmando que decidiu intensificar a presença policial e proibir uma manifestação planejada de ultraesquerda na Assembleia Nacional no dia da votação.

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