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Ministério convoca reunião urgente sobre os 709 casos de mpox no Brasil

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Com 709 casos de mpox no Brasil, ministério convoca reunião – Badalo

Em meio ao aumento de casos de mpox e à circulação de uma nova variante do vírus no continente africano, o Ministério da Saúde do Brasil convocou uma reunião para tratar da doença. A pasta informou que a proposta é atualizar as recomendações e o plano de contingência para a doença no país, realizando uma reunião com especialistas para atualização dos serviços de vigilância e assistência médica.

O ministério acompanha com atenção a situação da mpox no mundo e monitora informações junto à Organização Mundial da Saúde (OMS) e instituições como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). De acordo com a pasta, a avaliação é que o evento apresenta risco baixo neste momento para o Brasil. Em 2024, foram notificados 709 casos de mpox no Brasil e 16 óbitos.

Sobre vacinas contra a mpox, o ministério lembrou que em 2023, a imunização contra a doença foi realizada em um momento de emergência em saúde pública de importância internacional, com o uso das doses liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de forma provisória. Caso novas evidências demonstrem a necessidade de alterações no planejamento, as ações necessárias serão adotadas e divulgadas oportunamente.

Na semana passada, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que havia convocado um comitê de emergência para avaliar o cenário de surto da doença na África e o risco de disseminação internacional do vírus. Tedros detalhou que a decisão levou em conta o registro de casos de mpox fora da República Democrática do Congo, onde as infecções estão em ascensão há mais de dois anos.

O cenário se agravou ao longo dos últimos meses devido a uma mutação que levou à transmissão da doença de pessoa para pessoa, além da notificação de casos suspeitos na província de Kivu do Norte. A OMS publicou um documento oficial solicitando a fabricantes de vacinas contra a mpox que submetam pedidos de análise para o uso emergencial das doses, com o objetivo de agilizar a disponibilidade de insumos não licenciados, mas necessários em situações de emergência em saúde pública.

Existem atualmente duas vacinas em uso contra a doença, ambas recomendadas pelo Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da OMS (Sage). A mpox é uma doença zoonótica viral que pode ser transmitida para humanos por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

A doença requer tratamento de suporte para controlar os sintomas de forma eficaz e evitar complicações. A maioria dos pacientes tratados se recupera dentro de um mês, mas a doença pode ser fatal quando não tratada. Em relação à situação no Congo, onde a taxa de mortalidade da cepa existente é alta, mais de 479 pessoas morreram desde o início do ano.

Em maio de 2023, a OMS declarou que a mpox não configurava mais emergência em saúde pública de importância internacional, após decretar emergência devido ao surto da doença em diversos países. O diretor-geral da OMS ressaltou que o trabalho de combate à doença continua, pois ela continua apresentando desafios significativos que exigem resposta robusta e sustentável.

Portanto, é essencial manter os esforços de monitoramento, avaliação de riscos e prontidão para agir conforme necessário. A situação da mpox exige atenção contínua e medidas preventivas eficazes para evitar sua disseminação e garantir a segurança da população global.

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