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Crise hidrelétrica no Brasil pode reviver horário de verão – Jornal da USP

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Imagem que mostra o desenho de um gigante empurrando os ponteiros de um relógio tendo ao fundo torres de transmissão de energia elétrica
O clima seco e a falta de chuvas são o principal fator que está contribuindo para a manutenção da crise hídrica  – Arte sobre foto de Marcos Santos/USP Imagens e ilustração Daylightsavings/Wikimedia Commons/CC BY-SA 3.0Pedro Luiz Côrtes – Foto: Reprodução/Câmara São Paulo

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico discute a implementação de um plano de contingência para evitar apagões e ressalta a possibilidade de retorno do horário de verão. Pedro Luiz Côrtes, renomado professor da USP, compartilha insights sobre a crise hídrica atual no Brasil e as medidas preventivas necessárias.

A revogação do horário de verão em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, após 34 anos de vigor, levantou questionamentos sobre a eficácia da medida na economia de energia. Agora, diante da pior crise hídrica em quase um século, a volta do horário de verão emerge como uma opção para balancear o consumo de eletricidade. Pedro Luiz Côrtes analisa a situação energética do país e destaca a importância de ações preventivas para preservar os recursos hídricos e minimizar o uso excessivo de termelétricas.

O professor explana sobre os picos de consumo de energia no Brasil, destacando os horários de maior demanda e como o horário de verão pode influenciar positivamente na distribuição e economia de eletricidade. O uso exacerbado de dispositivos elétricos durante os períodos de calor sobrecarrega o sistema, resultando em tarifas mais altas para os consumidores. Com a introdução do horário de verão, o consumo residencial é melhor distribuído ao longo do dia, levando a uma redução no consumo global.

Além da questão do horário de verão, o componente climático desempenha um papel crucial na crise hídrica enfrentada pelo Brasil. A falta de chuvas e o atraso no fenômeno La Niña têm impactado diretamente a disponibilidade de água em todo o país. A expectativa de chuvas tardias na região Norte e a incerteza em relação à duração do La Niña geram preocupações sobre o abastecimento de reservatórios e a consequente administração de recursos hídricos.

Pedro Luiz Côrtes adverte para o consumo elevado de energia elétrica neste ano, citando recordes de demanda e a ausência de um período de inverno significativo. A perspectiva de uma primavera seca e quente no Sudeste intensifica a necessidade de medidas preventivas para garantir o fornecimento de eletricidade sem sobrecarregar o sistema.

Diante desse cenário desafiador, o debate sobre a implementação do horário de verão se torna ainda mais relevante para equilibrar a demanda energética e preservar os recursos naturais do país. A discussão liderada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico reflete a busca por soluções sustentáveis e eficazes para lidar com a crise energética no Brasil.

Jornal da USP no Ar acompanha de perto essas questões, trazendo análises aprofundadas e entrevistas com especialistas para informar e conscientizar a população sobre os desafios e oportunidades no setor elétrico brasileiro. A conscientização e a adoção de práticas sustentáveis são essenciais para garantir um futuro energético seguro e equilibrado para todos os brasileiros.

Esteja atento às atualizações e orientações do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e da USP para contribuir de forma positiva na preservação dos recursos naturais e no uso responsável da energia elétrica. Juntos, podemos enfrentar os desafios energéticos atuais e construir um futuro mais sustentável para as próximas gerações.

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