O GADH, comandado por Vieira, foi usado pelo grupo para “legalizar” a incorporação de bens, diz a PF. Depois, parte dos presentes foi vendida ou exposta em casas de leilão.
Segundo informações da Polícia Federal, o Grupo de Apoio à Disseminação do Hebraísmo (GADH), liderado por Vieira, teria utilizado a entidade para “legalizar” a incorporação de bens. Esses bens, de acordo com a investigação, eram presentes recebidos por membros do grupo e posteriormente parte deles eram vendidos ou expostos em casas de leilão.
Uma planilha elaborada por Marcelo Câmara foi utilizada pelo órgão para conferir os gastos do presidente Bolsonaro. O controle de despesas feito por Câmara revelou que Bolsonaro praticamente não realizou operações em débito e crédito durante os três meses em que permaneceu nos Estados Unidos no início de 2023. A PF acredita que isso possa indicar que Bolsonaro financiou sua estadia no exterior com dinheiro em espécie, parte proveniente da venda de joias.
A defesa de Marcelo Câmara e Marcelo da Silva Vieira se manifestou em relação ao relatório da PF, alegando que o documento apresentava “incongruências e erros” que poderiam colocar em xeque as acusações feitas. Eles afirmaram que o indiciamento seria uma “desmedida tentativa de perseguição” e que os auxiliares de Bolsonaro estavam agindo de acordo com a legislação em vigor, mantendo zelo e cuidado com os documentos, o que tornava incompreensível a inclusão deles na investigação.
Em nota divulgada à imprensa, a defesa de Marcelo Câmara e Marcelo da Silva Vieira afirmou: “Lembremos que a Douta Procuradoria-Geral da República já se posicionou acerca da impertinência e ilegalidade da aludida investigação em razão da flagrante incompetência do Supremo Tribunal Federal para atuar no referido feito.”
Até o momento, os outros indiciados no caso ainda não se manifestaram publicamente sobre as acusações e o andamento da investigação.
A Polícia Federal continua a apurar os detalhes do caso, buscando esclarecer as suspeitas levantadas contra membros do GADH e suas atividades relacionadas à incorporação de bens. As investigações estão em andamento e novas informações podem surgir nos próximos dias.
É importante ressaltar que a transparência e a imparcialidade são fundamentais em investigações desse porte, garantindo que a verdade prevaleça e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados, caso seja comprovado que houve irregularidades.
Permaneceremos atentos aos desdobramentos desse caso e traremos novas informações à medida que forem sendo divulgadas pelas autoridades competentes. A sociedade aguarda por respostas claras e decisões justas que possam restabelecer a confiança na condução das instituições e na aplicação da lei.