O ex-presidente Donald Trump, durante um comício eleitoral em Butler, na Pensilvânia, neste sábado, foi retirado às pressas do palco por agentes do Serviço Secreto devido a disparos de origem ainda não identificada. Os agentes cercaram o republicano e o escoltaram para um carro de sua comitiva imediatamente após o ataque, enquanto segurava a orelha direita, que aparentava estar sangrando. De acordo com o porta-voz do ex-presidente, Steven Cheung, Trump está sendo examinado e encontra-se bem, embora não tenha fornecido mais detalhes.
O promotor público local, Richard Goldringer, informou ao jornal americano Washington Post e posteriormente à rede X que o atirador, cuja identidade ainda não foi revelada, foi morto, assim como um espectador do comício. Outra pessoa encontra-se em estado grave.
As autoridades americanas, incluindo o Serviço Secreto e a Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos EUA, juntamente com outras agências de segurança, estão investigando o incidente como uma "tentativa de assassinato", conforme divulgado pela Associated Press citando fontes familiarizadas com o assunto.
Durante os disparos, ouvidos durante a transmissão ao vivo do evento, Trump interrompeu seu discurso e abaixou-se rapidamente, levando as mãos ao rosto, enquanto a multidão reagia com gritos. As autoridades presentes instruíram o público a se abaixar e se proteger, enquanto a imprensa se retirava do palanque onde o ex-presidente discursava. Após uma breve pausa, Trump levantou-se, rodeado por agentes e com sangue na orelha, ergueu o punho para a multidão e foi rapidamente levado à sua comitiva que deixou o local imediatamente.
O presidente Joe Biden, em comunicado, expressou gratidão por saber que Trump estava seguro e bem, e afirmou que estava orando por ele e sua família, assim como por todos que estavam no comício. Espera-se que o presidente Biden faça uma declaração oficial até o fim do dia, conforme informado pela Casa Branca.
O incidente ocorreu dois dias antes da Convenção Nacional Republicana, na qual Trump será confirmado como candidato do partido para as eleições de novembro contra Biden. O momento também é marcado por crescente pressão para a saída do democrata da corrida eleitoral após seu desempenho desastroso em um debate em junho. Com o impasse no lado democrata, pesquisas indicam que Kamala Harris começa a ganhar destaque como a opção mais viável para enfrentar o republicano na votação.
Os senadores Marco Rubio e J.D. Vance, juntamente com o governador Doug Burgum, da Dakota do Norte, cotados para o papel de vice de Trump na eleição, manifestaram-se nas redes sociais em apoio ao magnata e aos partidários presentes no comício.
Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara dos Representantes, condenou a violência política e expressou alívio pelo fato de Trump não ter sido gravemente ferido. Barack Obama também emitiu uma declaração condenando a violência política e desejando uma recuperação rápida ao ex-presidente.
O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, mostrou solidariedade a Trump e fez um paralelo com o ataque que sofreu durante a campanha presidencial em 2018. Os apoiadores de Bolsonaro compararam o incidente com o ataque a faca que o presidente brasileiro sofreu durante um evento de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Este incidente, ainda sob investigação, gerou repercussões internacionais e destaca a polarização política nos Estados Unidos e em outras partes do mundo. A segurança em eventos políticos torna-se uma preocupação crescente no cenário atual, exigindo medidas rigorosas de proteção para garantir a integridade dos líderes e dos participantes.