O líder político do movimento islamista palestino Hamas, Ismail Haniyeh, foi alvo de um bombardeio israelense em Teerã, resultando em sua morte, conforme anunciado pelo Hamas nesta quarta-feira. A organização promete vingança pela morte de Haniyeh, o que levanta preocupações sobre uma possível escalada do conflito na região, especialmente em meio à guerra em Gaza.
O conflito entre Hamas e Israel, que já dura nove meses, teve início com um ataque dos combatentes do Hamas contra o sul do território israelense em outubro do ano passado. O bombardeio israelense em Teerã resultou na morte de Haniyeh, que estava na cidade para a posse do novo presidente iraniano, Masud Pezeshkian.
A reação ao assassinato de Haniyeh foi imediata por parte do Hamas e do Irã, com promessas de vingança e punição a Israel. O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, declarou que Israel sofrerá um “castigo duro” pela ação. O Irã decretou um luto oficial de três dias em homenagem a Haniyeh.
Além disso, outros países como Turquia, China, Rússia e Catar condenaram o assassinato e alertaram para os riscos de uma escalada do conflito na região. O Catar, que abriga a liderança política do Hamas, expressou preocupação com a possibilidade de caos e instabilidade decorrentes da morte de Haniyeh.
O líder do Hamas, conhecido por suas relações pragmáticas com diversas facções palestinas, recebeu homenagens e reconhecimentos de líderes e organizações no mundo árabe. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, também se manifestou contra o assassinato e pediu união entre os palestinos contra a ocupação israelense.
A morte de Haniyeh também levou a uma suspensão temporária das negociações de trégua entre Israel e Hamas, mediadas por países como os Estados Unidos e o Egito. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, enfatizou a importância de um cessar-fogo duradouro em Gaza, apesar de não estar envolvido na morte de Haniyeh.
A relação entre Hamas, Hezbollah e outros grupos alinhados com o Irã, conhecido como o “eixo da resistência”, tem sido marcada por hostilidades crescentes com Israel. Recentemente, o Exército israelense bombardeou um reduto do Hezbollah no sul de Beirute, resultando na morte de um comandante do grupo.
Apesar das tensões e da violência, a comunidade internacional continua buscando soluções para o conflito no Oriente Médio, visando alcançar uma paz duradoura e garantir a segurança e estabilidade na região.