O presidente nigeriano, Tinubu, fez um apelo ao fim dos protestos contra o elevado custo de vida no país. A Amnistia Internacional denunciou a morte de 13 manifestantes pelas forças de segurança, enquanto a polícia afirma que foram sete. Tinubu, em seu discurso televisivo, pediu aos manifestantes que suspendessem os protestos e abrissem um diálogo.
Milhares de pessoas protestaram contra a "má governação" e o aumento do custo de vida na Nigéria, impactada por uma crise econômica decorrente das reformas de Tinubu. A inflação alimentar ultrapassa os 40% e o preço da gasolina triplicou, gerando indignação na população.
"A fome é a principal motivação para esta manifestação. É por isso que estamos pedindo o fim da má governação", ressaltou Damilare Adenola, líder do grupo de direitos humanos Take It Back, após os manifestantes terem sido dispersos pelas autoridades.
Os organizadores prometeram continuar as ações, apesar das detenções de cerca de 700 pessoas nos primeiros dias de protesto. Tinubu enfatizou a importância de manter a paz e a ordem, respeitando os direitos humanos e as convenções internacionais.
Os manifestantes, utilizando a hashtag #EndbadGovernanceinNigeria, exigem a reversão de reformas, como a suspensão dos subsídios aos combustíveis, visando acabar com o sofrimento e a fome no país. Entretanto, Tinubu defendeu suas medidas, garantindo que beneficiarão os jovens e a economia.
Antes dos protestos atuais, em outubro de 2020, a população nigeriana exigiu o desmantelamento de uma unidade policial acusada de abusos. A brigada foi dissolvida, mas pelo menos 10 manifestantes foram mortos, segundo a Amnistia Internacional, embora o Governo e o exército neguem qualquer responsabilidade.
Neste contexto, é crucial buscar um equilíbrio entre as demandas dos manifestantes e as ações do Governo, visando garantir a estabilidade política e econômica do país. A transparência, o diálogo e o respeito aos direitos humanos são fundamentais para superar os desafios enfrentados pela Nigéria.