A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi realizada pela Polícia Federal em Copacabana, no Rio de Janeiro. Braga Netto, candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022, é acusado de tentar interferir em investigações sigilosas.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acatou o pedido de prisão preventiva feito pela PF. Além da prisão, buscas foram feitas na residência do coronel Flávio Botelho Peregrino, ex-assessor de Braga Netto.
Apesar das acusações, Braga Netto nega qualquer envolvimento nos planos de golpe relatados pela PF. O general foi indiciado juntamente com outras 36 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro e o general Augusto Heleno. O inquérito também conta com a participação de mais três investigados, totalizando 40 indiciados.
A PF afirma que houve uma clara intenção golpista por parte de Braga Netto, demonstrada em documentos encontrados durante a Operação Tempus Veriatis. Planos detalhados, como a anulação das eleições de 2022 e a preparação de novas eleições, evidenciam a intenção de subverter o Estado Democrático de Direito.
Braga Netto, nativo de Belo Horizonte, possui uma extensa carreira militar, tendo ocupado diversos cargos de destaque. Sua proximidade com Bolsonaro o levou a assumir a Casa Civil e posteriormente o Ministério da Defesa. Após deixar o governo para concorrer às eleições de 2022 como vice-presidente, o general se viu envolvido em um escândalo de corrupção e tentativa de golpe.
Em entrevista à imprensa, o advogado de Braga Netto refutou veementemente as acusações e defendeu a integridade de seu cliente. A situação continua em desenvolvimento, à medida que mais detalhes sobre o caso emergem. É importante ressaltar que todas as informações apresentadas são baseadas em relatórios oficiais e investigações da Polícia Federal.