As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram que realizaram uma operação bem-sucedida que resultou na eliminação do líder máximo do Hamas, Yahya Sinwar, na quarta-feira (16).
De acordo com as autoridades, a operação militar ocorreu no sul da Faixa de Gaza, onde as tropas israelenses vinham monitorando as movimentações de importantes membros do Hamas com base em informações de inteligência.
“Soldados das FDI da 828ª Brigada (Bislach) identificaram e neutralizaram três terroristas. Após a identificação do corpo, confirmou-se que Yahya Sinwar foi eliminado”, afirmou o comunicado oficial.
Sinwar foi encontrado durante uma operação de rotina em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, próximo ao local onde seis reféns foram resgatados em setembro. As forças terrestres e de tanques israelenses estavam na região em busca de comandantes terroristas de alto escalão, incluindo Sinwar.
Durante o confronto, as tropas israelenses foram atacadas e revidaram com um tanque, resultando na morte não apenas de Sinwar, mas também de outros membros do Hamas. A estratégia da operação foi utilizar informações precisas para forçar os líderes a saírem de seus esconderijos e cometerem erro.
Uma fonte confirmou à CNN que Sinwar foi morto em Rafah, o que foi reforçado pelo discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que afirmou a determinação do país em eliminar seus inimigos, independentemente das pressões externas.
Yahya Sinwar, nascido em 1962 em Khan Younis, no sul de Gaza, era uma figura proeminente no Hamas, sendo responsável pela consolidação do braço militar do grupo. Ele também estabeleceu relações importantes com potências árabes regionais. Desde 2017, ele ocupava o cargo de líder político do Hamas em Gaza.
A morte de Sinwar representa um grande golpe para o Hamas, já que ele se tornou o líder de fato do Politburo do grupo. Além disso, ele havia sido designado como terrorista global pelos EUA desde 2015 e estava sob sanções do Reino Unido e da França.
O conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza tem sido marcado por intensos ataques aéreos e incursões terrestres, resultando em uma situação humanitária catastrófica na região. A ONU e organizações humanitárias têm alertado para a falta de alimentos, medicamentos e para a disseminação de doenças entre a população de Gaza.
Após a morte de Sinwar, o ministro da Defesa de Israel reafirmou o compromisso do país em eliminar seus inimigos, enquanto a população israelense segue em protesto contra o primeiro-ministro Netanyahu, exigindo a libertação dos reféns e um acordo de cessar-fogo.