Se a vice-presidente Kamala Harris for a substituta de Biden, ela enfrentará desafios complexos, incluindo questões sobre sua ciência a respeito do declínio físico e mental do presidente. Ela também será responsável por todas as ações do governo nos últimos quatro anos, como a política de imigração e os impactos da inflação na vida dos eleitores.
Na luta para derrubar Biden, duas figuras proeminentes foram o ex-presidente Barack Obama e a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi. Ambos receavam que a fragilidade de Biden levasse o Partido Democrata a uma derrota humilhante nas eleições de novembro. Preferiam novas primárias com candidatos alternativos para evitar um cenário desolador com Trump na Casa Branca e maioria conservadora em instituições-chave.
O anúncio de apoio de Biden pode ter sido uma tentativa de guiar o processo de escolha de sua substituta na corrida eleitoral, já que ele permanecerá no cargo até 20 de janeiro.
Entre os nomes cogitados pelo partido, além da vice-presidente, estão o governador da Califórnia, Gary Newsom, a governadora do Michigan, Gretchen Whitner, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, e o senador de Nova Jersey, Cory Booker. Esses líderes preocupavam os republicanos, estrategistas e líderes regionais do partido, principalmente por serem considerados fortes concorrentes e por representarem uma diversidade política significativa.
Gretchen tem o potencial de garantir a vitória no Michigan, um estado crucial, enquanto mantém uma postura moderada. Shapiro é popular na Pensilvânia e possui posições semelhantes. Booker é comparado a um novo Obama, enquanto Harris se destaca por sua atuação na segurança pública, uma área vital para a esquerda. Cada um deles, especialmente se passarem por novas primárias, representam um desafio para Trump.
Faltando menos de quatro meses para as eleições, a corrida presidencial nos EUA recomeça do zero, com candidatos em potencial que podem impactar significativamente o cenário político do país.